domingo, 10 de junho de 2012

Palavra do Delegado Geral













Palavra do Delegado Geral

No início deste ano assumimos o compromisso de combater os quatro principais crimes contra o patrimônio: roubos a residência, a comércios, roubo e furto de veículos, no âmbito da Polícia Territorial. Após uma análise minuciosa dos dados estatísticos, observamos o crescimento dos números referentes a estes crimes e resolvemos estabelecer uma meta que inibisse a atuação dos criminosos. Com base nos fatos, fizemos um planejamento e, nos quatro primeiros meses deste ano, já alcançamos resultados expressivos.
De janeiro a abril foram fechados 29 desmanches clandestinos no Estado. Os policiais, em diversas operações, atuaram em Americana, Bauru, Cabreúva, Carapicuíba, Jundiaí, Mogi das Cruzes, Presidente Prudente, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba, entre outros. Na Capital localizaram desmanches clandestinos na zona leste, norte e sul, além de recuperar vários veículos e reprimir a venda de peças na região central da Capital.
Durante esses quatro meses foram presos 76 pessoas com participação direta nos crimes, sem contabilizar os casos de receptação.
O compromisso continua, pois dentro da nossa prioridade precisamos desarticular as quadrilhas que atuam no roubo de condomínios e em arrastões nos estabelecimentos comerciais.
Vale destacar aqui o trabalho do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) que atua fortemente contra o crime organizado e que vem fazendo uma série de ofensivas para desarticular os desmanches e obtendo grandes resultados.
Outro ponto importante que temos que considerar é que existem organizações criminosas que estão enraizadas neste tipo de crime e que atuam há muitos anos falsificando documentação e adulterando chassis para comercializar veículos em outros Estados. Por isso precisamos atuar com inteligência e determinação para reduzir efetivamente esses crimes, tendo em mente que é fundamental conjugar três verbos: investigar, esclarecer e prender.
Logo e Foto de Pizzaria Itapê PizzaParabéns a todos os policiais civis pelo empenho, profissionalismo e pelos resultados alcançados.     Marcos Carneiro Lima
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Pizzaria com forno à lenha em itapetininga - Uma fatia de sabor na sua vida ! Imagem 3 de Pizzaria Itapê Pizza, bairro Centro - Itapetininga






Um resumo da história da Polícia Civil de carreira

A Polícia Civil do Estado de São Paulo é uma Instituição que integra a estrutura da Secretaria de Estado dos Negócios da Segurança Pública e tem por atribuição principal (essencial) o desenvolvimento das atividades próprias administrativas e de Polícia Judiciária.
A Polícia Civil nasceu junto à Secretaria dos Negócios da Justiça, em 1841, tendo como primeiro chefe de polícia, o Conselheiro Rodrigo Antonio Monteiro de Barros.
No ano seguinte, surgiu o cargo de delegado de polícia, através da Lei nº 261, de 3 de dezembro, regulamentada pelo Decreto nº 120, de 31 de janeiro, o qual modificou o Código de Processo Criminal, estabelecendo um aparelhamento policial centralizado e eficiente em nosso País.
A primeira pessoa a pensar na estruturação da Polícia, tornando-a mais séria, profissional e remunerada: de carreira foi José Cardoso de Almeida, quando chefe de polícia no governo de Francisco de Paula Rodrigues Alves.
Procurando alertar as autoridades para essa necessidade, Cardoso de Almeida fez um relatório, em 1902, narrando as dificuldades policiais da época.
As suas idéias de uma Polícia Civil de Carreira foram acompanhadas pelo delegado de polícia, Antonio de Godoi Moreira e Costa, que as aprofundou e lhes deu maior consistência.
Finalmente, em 1905, mais precisamente no dia 7 de novembro, o presidente do Estado, Jorge Tibiriçá Piratininga deu início à tão sonhada reivindicação de José Cardoso de Almeida, criando a Polícia Civil de Carreira.
No dia 23 de dezembro do mesmo ano, através da Lei nº 979, o Congresso Estadual criou a “Polícia Civil de Carreira do Estado de São Paulo”, cabendo ao secretário da Justiça da época, Washington Luis Pereira de Sousa, as primeiras providências para organizá-la.
Com essa Lei, a Polícia paulista foi reestruturada e, concomitantemente, foram criadas seis classes de Delegados, alguns distritos policiais, entre outros.
Um segundo relatório de José Cardoso de Almeida (então secretário do Interior e Justiça) enviado ao presidente do Estado, Jorge Tibiriçá relatava a necessidade do estabelecimento de uma carreira profissional na Polícia. E diante de uma expressiva mensagem presidencial, não tardou o Congresso paulista a cuidar do assunto.
A Polícia de Carreira foi se impondo e o delegado de polícia passou a exercer um papel civilizador dos mais importantes.
Em 1912, a Lei nº 1.342, de 16 de dezembro, reorganizou vários departamentos da Secretaria da Justiça e da Segurança Pública e também o Gabinete de Investigações e Capturas, que teve suas seções distintas: investigação, capturas e de identificação. A Lei foi um dos pontos altos da Polícia paulista, porque possibilitou a melhor reaparelhagem dos serviços policiais.
Pouco depois, já em 1916, sete delegacias regionais foram inauguradas: Santos, Campinas, Ribeirão Preto, Guaratinguetá, Botucatu, Araraquara e Itapetininga.
O Gabinete de Investigações e Capturas, atuante em todo o Estado de São Paulo através de suas sete delegacias especializadas, tornara-se o mais afamado departamento de nossa Polícia, principalmente pela elucidação de crimes de grande repercussão, motivo pelo qual recebeu nova denominação em 1924, passando a Gabinete Geral de Investigações, e dois anos depois, a Gabinete de Investigações.
A Delegacia de Ordem Pública e Social, já existente em 1940, recebeu novas denominações, como Superintendência de Segurança Política e Social, até que chegasse a Departamento Estadual de Ordem Política e Social – setor definitivamente extinto em 1991.
O acervo do departamento foi transferido para o Arquivo do Estado, despertando enorme interesse da população, pois se trata de dados e documentos produzidos pela Polícia Política de 1924 a 1983.
Também faz parte da história da Polícia Civil, o serviço de Rádio Patrulha, que criado em São Paulo no ano de 1935, entrou em funcionamento na capital e em algumas cidades do interior em 1937 - Esse moderno serviço policial de comunicações foi inspirado no modelo da Rádio Policial norte-americana e teve como sede, a 6ª Divisão Policial.
A Escola de Polícia foi outro setor que passou por modificações ao longo dos anos. De 1934 a 1936, funcionou em um prédio na Rua Visconde de Rio Branco, nº 541, e no ano seguinte, devido à ampla reforma no ensino técnico-policial realizada por Adhemar de Barros, foi substituída pelo Instituto de Criminologia do Estado de São Paulo, IC, pois o governador entendia que o ensino policial deveria incluir as questões de Criminologia.
O IC funcionou na Rua Conde do Pinhal, nº 52, onde hoje há um estacionamento, até 1942, quando o Decreto nº 12.497, de 7 de fevereiro (em seu artigo 19), determinou que o tradicional estabelecimento paulista de ensino técnico-policial voltasse a denominar-se Escola de Polícia, mantendo-se sua estrutura, e por quase dez anos (até 1951), funcionou no prédio da Rua da Glória, nº 410, o qual, atualmente preservado, mantém a sede do 1º distrito policial.
Apenas em 24 de julho de 1969, através do Decreto nº 52.213, a Escola de Polícia passou a se chamar Academia de Polícia, recebendo no dia 6 de março de 1975, a denominação de Divisão de Ensino e Aperfeiçoamento.
Finalmente, em 27 de maio de 1970, foi realizado o ato de despedida do velho prédio da Rua São Joaquim, com celebração de missa de ação de graças, sendo transferida a Academia de Polícia para o prédio na Cidade Universitária, zona oeste de São Paulo.
Atualmente, a Academia, que se denomina “Dr. Coriolano Nogueira Cobra”, realiza concursos públicos para provimento de vagas das carreiras policiais, de caráter efetivo e temporário, das classes administrativas da Polícia Civil, e de despachantes policiais, e mantém o atual Museu do Crime, onde há objetos e documentos relacionados a crimes de grande repercussão e à história de “famosos” marginais. [blockbreak]
Dentre os avanços tecnológicos que fez a Polícia Civil nesses cem anos, está o Setor de Identificação. Em 1938, Ricardo Gumbleton Daunt o revolucionou dividindo-o em quatro fases: Fotografia, Antropometria, Dactiloscopia e Aplicação (de vários recursos da ciência da identidade), e desde a sua criação, o Instituto de Identificação, que leva o seu nome, o IIRGD, já identificou mais de 40 milhões de pessoas, e atualmente emite mais de 10 mil cédulas de identidade por dia, entre primeiras e segundas vias.
E havendo a necessidade de agregação dos diretores da Polícia Civil, em 1948 foi criado o Conselho da Polícia Civil, através da Lei nº 199, de 1º de dezembro, sendo reestruturado pelo Decreto nº 6.957, de 3 de novembro de 1975 e disciplinado pelo Decreto nº 39.948, de 8 de fevereiro de 1995.
Como órgão consultivo da Polícia Civil, diretamente ligado à Delegacia Geral de Polícia e presidido pelo Delegado Geral, o Conselho trata das diretrizes básicas que regem a instituição, desde o concurso de ingresso às carreiras policiais, até a apreciação de sindicâncias e processos administrativos contra integrantes das carreiras, que podem ter como pena, a demissão.
Na década de 50, e especialmente no ano de 1954, novas formas de delinqüência se multiplicaram pelo Estado, o que suscitou nova reforma na Polícia Civil paulista. As autoridades da época pretendiam fazer de cada policial de São Paulo um especialista inteiramente integrado às suas funções específicas, dando-lhe treinamento cuidadoso, bem como aos meios materiais de que disporiam para trabalhar dignamente. Os ensinamentos a eles passados pela Academia da Polícia Civil “Coriolano Nogueira Cobra” são um exemplo dessa filosofia.
Nessa linha de modificações, outro registro importante veio através do Decreto nº 25.409, de 30 de janeiro de 1956, do então Governador Jânio Quadros, que instituiu no Gabinete da Secretaria de Segurança Pública, a Assessoria Policial.
O artigo 3º desse Decreto diz o seguinte: ‘A Assessoria Policial será dirigida por um Delegado Geral, escolhido livremente pelo titular da Pasta entre os Delegados Auxiliares’ e seu Parágrafo Único, que: ‘Poderá o Delegado Geral ser coadjuvado por Delegados de Polícia, designados pelo Secretário da Segurança’. Dois anos depois, a Lei nº 4.963, de 19 de novembro de 1958, criou o cargo de delegado geral de polícia, que seria exercido por um delegado de polícia de classe especial.
Um órgão de suma importância para a Polícia Civis é o Setor de Arte Forense, da Delegacia Geral de Polícia, o qual está inserido na Assistência Policial de Comunicação Social (APCS), cujo trabalho é feito a partir de todo e qualquer tipo de imagem de rosto, com o objetivo de identificar pessoas o mais convictamente possível.
Através desse trabalho, grandes casos foram elucidados pela Polícia Civil de São Paulo. Ressalte-se, contudo, que muitos outros também foram esclarecidos pelos trabalhos manuais de desenhos e de lâminas de acetato feitos (e ainda hoje) por alguns departamentos de polícia.
Dando um salto até 1967, chegamos à modificação ocorrida no Departamento de Investigações, DI, que deixando de existir após outra grande reforma da estrutura policial civil, deu lugar ao Departamento Estadual de Investigações Criminais, o Deic.
No final da década, em 1969, as circunscrições policiais se tornaram distritos policiais e a 1ª Divisão Policial, também conhecida como 1ª Auxiliar, teve sua denominação alterada para Departamento das Delegacias Regionais de Polícia da Grande São Paulo, Degran, ao mesmo tempo em que as zonas policiais receberam o nome de seccionais de polícia.
Ainda em 1969, pelo Decreto-Lei nº 141, de 24 de julho, foi criado o Dicom, responsável pela instalação, operação e manutenção das redes de telecomunicações da Polícia Civil, incluindo o Cepol, Centro de Operações e Comunicações da Polícia Civil. Desaparecia, então, a denominação Departamento de Comunicações e Serviço de Rádio Patrulha - Rádio que passou a pertencer à Polícia Militar.
Paralelamente ao Degran, surgiram o Departamento das Delegacias Regionais de Polícia de São Paulo Interior, Derin, formado por dezoito delegacias regionais e cinqüenta e duas seccionais e o Departamento Regional de Polícia da Região de São Paulo Exterior, Derex, que, em 1975, foi transformado em Delegacia Regional da Polícia do Litoral, e subordinado ao Derin.
Naquele mesmo ano, era criado o DEPC, Departamento Estadual de Polícia Científica, com a incumbência de realizar os trabalhos de pesquisa nos campos de Criminalística, Medicina Legal, Identificação e Cadastramento de interesse policial, bem como proceder às perícias médico-legais e técnico-científicas, coordenar e executar a formação, pesquisa, especialização e o aperfeiçoamento dos policiais civis, executar identificações civis e criminais e fazer o cadastramento de interesse policial.
Posteriormente, o DEPC tornou-se DPC, Departamento de Polícia Científica, e hoje, DIRD, Departamento de Identificação e Registros Diversos, ao qual estão subordinados órgãos como o IIRGD e as Divisões: de Produtos Controlados, Registros Diversos, Capturas, Policial de Portos, Aeroportos, Proteção ao Turista e Dignitários, Administrativa e o Serviço de Fiscalização de Despachantes.
Ainda com referência à história da Polícia Civil de Carreira, não podemos deixar de mencionar o Detran, Departamento Estadual de Trânsito, órgão subordinado, diretamente, à Secretaria da Segurança Pública, mas que é dirigido por um delegado de polícia de classe especial.
Também faz parte da história dessa Polícia de Carreira, o policiamento ostensivo, como o efetuado pela RONE, Ronda Noturna Especial, RUPA, Rondas Unificadas da Primeira Auxiliar, RUDI, Rondas Unificadas do Departamento de Investigações – que deu origem ao GARRA, CERCO, Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado, GOE, Grupo de Operações Especiais, do Decap e GARRA, Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos – que foi criado em 1976, por Mauricio Henrique Guimarães Pereira, tendo como primeiro supervisor, o delegado Alberto Angerami.
Nos anos 80, outras criações importantes: Em 1983, era criado o Decon, Departamento de Polícia do Consumidor, para apurar e investigar infrações penais contra a economia popular, a ordem econômica e as relações de consumo, além das infrações previstas no Código do Consumidor.


Com a extinção do DEOPS, o órgão responsável pela prevenção e repressão dos crimes contra a economia popular, o governo estadual se viu obrigado a dotar a Polícia de um meio para combater crimes dessa área – motivo da criação do Decon, que passou a operar no mesmo prédio em que o DEOPS estava instalado, e ainda, que ficou responsável pela fiscalização dos despachantes policiais. Hoje, porém, o Decon não existe mais.
Também em 1983, foi instituído o Deplan, Departamento de Planejamento e Controle da Polícia Civil, um dos órgãos de apoio da Delegacia Geral de Polícia, incumbido de planejar, coordenar e controlar os recursos humanos e materiais e de proceder à execução policial.
O Deplan ainda assessora a DGP em suas áreas de atuação, propondo alterações de sua legislação e apresentando sugestões para valorizar os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Civil de São Paulo. Hoje, o Deplan é o DAP, Departamento de Administração e Planejamento.
No ano seguinte, 1984, surgiu o DHPP, Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, que foi oficializado em 14 de março de 1986, pelo Decreto de nº 24.919, assinado pelo governador Franco Montoro.
Considerado “a menina dos olhos” da Polícia Civil, o DHPP, hoje, utiliza a Recognição Visuográfica, recurso amplamente utilizado na investigação de crimes contra a vida, bem como, contra o patrimônio e em acidentes de trânsito, cujo criador foi o então delegado geral de polícia, Marco Antonio Desgualdo.
A Recognição é um relato do crime, detalhadamente descrito, esquematizado e ilustrado fotograficamente, considerada a verdadeira semente da futura investigação policial, considerando-se o seu dinamismo e praticidade.
Outro marco também importante da história da Polícia Civil de Carreira é a inauguração da primeira Delegacia de Defesa da Mulher, fundada no dia 6 de agosto de 1985, cuja primeira delegada foi Rosmary Corrêa - um ato inédito no País e no mundo. Dois anos depois, uma importante e estratégica divisão da Polícia foi transformada em departamento: a de entorpecentes. No dia 24 de setembro de 1987, foi criado o Denarc, Departamento de Investigações Sobre Narcóticos, extinguindo a Dise, Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes, do Deic (que existia desde 1975).
No Denarc funcionam divisões como a Diap, Divisão de Inteligência e Apoio Policial, órgão destinado a coletar, estudar e arquivar as informações obtidas das mais diversas formas e fontes, assessorando, colaborando e participando conjuntamente das ações das delegacias da Dise que foram mantidas no novo departamento, e a Dipe, Divisão de Prevenção e Educação, que mantém uma assistência social e uma seção de ensino, e faz encaminhamentos de dependentes químicos a hospitais e clínicas especializadas; grupos como o Gape, Grupo de Apoio e Proteção à Escola, criado em 1997, com a finalidade exclusiva de atender às solicitações recebidas da área educacional sobre a criminalidade circundante (As ações de apoio e proteção à escola, hoje, são atribuições de todas as unidades policiais do Denarc, não mais apenas do Gape); e setores como o SOE, Setor de Operações Especiais, criado em 1998, como órgão especializado em ações repressivas, e destinado ao apoio necessário às demais delegacias do departamento.
A disciplina da Polícia Civil de Carreira também faz parte de sua história. Através do Decreto nº 25.440, de 3 de fevereiro de 1956, foi criado um órgão para sistematizá-la e aplicá-la aos policiais: Sua primeira sede foi instalada na antiga 8ª divisão policial, e sua primeira qualificação foi Serviço Disciplinar da Polícia, SDR - sendo extintas as comissões de correição. Anos depois, em 1975, o SDR deu origem à Corregedoria da Polícia Civil, a qual, finalmente, foi estruturada em 15 de setembro de 1989, pelo Decreto de nº 30.413.
A Corregedoria da Polícia foi criada com o objetivo de apoiar a Delegacia Geral, e dentre suas atribuições, está a elaboração de procedimentos referentes às infrações administrativas e penais praticadas por policiais civis no exercício de suas funções.
Na década seguinte, mais precisamente no dia 18 de maio de 1990, o Decreto nº 31.581 criava a Deatur, Delegacia Especializada de Atendimento ao Turista, que ficaria subordinada ao Degran, e estaria incumbida de prestar assistência de natureza policial aos turistas, durante sua permanência no município de São Paulo. Ao mesmo tempo, pretendia-se um entrosamento entre os órgãos policiais civis e as entidades ligadas ao turismo na cidade, para que se solucionassem adequadamente os problemas ocorrentes.
No ano de 1991, o Degran foi extinto, dando lugar ao Decap, Departamento de Polícia Judiciária da Capital, que foi instalado na Rua Ferreira de Araújo, nº 653, no bairro de Pinheiros, onde se formou o GOE, e, paralelamente, ao Demacro, Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo.
O Decap dirige as delegacias seccionais, delegacias de defesa da mulher, a Delegacia de Proteção ao Idoso – criada através do Decreto nº 35.696, de 21 de setembro de 1992, para atender, auxiliar e orientar pessoas idosas, bem como encaminhá-las, quando necessário, aos órgãos competentes -, as Delegacias de Polícia da Infância e da Juventude, a Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Infrações Contra o Meio Ambiente e a Saúde Pública e os distritos policiais da capital.
Também em 1991, surgiu o Dinfor, Departamento de Informática da Polícia Civil, com a finalidade de gerir e coordenar a elaboração, implantação e operação na Polícia Civil de um sistema de coleta, armazenamento e recuperação de dados de interesse policial civil, por processamento eletrônico. Seis anos depois, em 1997, ele foi extinto, criando-se em seu lugar, o Detel, Departamento de Telemática da Polícia Civil, ao qual ficou subordinada a Dicom, Divisão de Comunicações da Polícia Civil.
O Deic, em fevereiro de 1995, foi denominado Departamento de Investigações Sobre Crimes Patrimoniais, ou seja, Depatri, deixando o Palácio da Polícia e ganhando novas instalações na Avenida Zacki Narchi, nº 152, e em 2001, tornou-se o hoje conhecido, Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado.
Ainda em 1995, outras novidades: foi implantado o site da Polícia Civil na Internet, um trabalho da equipe de policiais do extinto Departamento de Informática (Dinfor), que hoje é o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol), através do qual a população tem acesso aos links da Polícia, como da Sala de Imprensa da DGP, Academia de Polícia, Decap, Demacro, Denarc, DHPP, Dipol, Garra e outros, bem como a consultas referentes a editais de licitações, concursos públicos, pessoas desaparecidas, procurados da Justiça e informações sobre antecedentes criminais, cédula de identidade, dicas de segurança, dentre outras; e foi dado início ao processo de desativação das cadeias anexas aos distritos policiais da capital, Grande São Paulo e interior.

No final da década, em 1999, o Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior, Deinter, substituiria o Derin. Atualmente, para facilitar o trabalho policial e administrativo, existem nove Deinteres: Deinter-1, São José dos Campos; Deinter-2, Campinas, Deinter-3, Ribeirão Preto; Deinter-4, Bauru; Deinter-5, São José do Rio Preto; Deinter-6, Santos; Deinter-7, Sorocaba; Deinter-8, Presidente Prudente e Deinter-9, Piracicaba.
Também em 1999, o Departamento de Administração e Planejamento da Polícia Civil, DADG, foi extinto para que surgisse o atual Departamento de Administração e Planejamento, DAP, criado em novembro daquele ano, pelo Decreto nº 44.448, órgão que sofreu intensa reorganização em 2000, assumindo várias atribuições, e desde então, sua estrutura básica constitui as Divisões: de Planejamento e Controle de Recursos Humanos, Controle de Recursos Materiais, Controle de Execução Policial, de Administração de Pessoal, de Finanças, Suprimentos, Transportes, Protocolo e Arquivo, Serviços Diversos e Saúde.
Atuando em parceria com o Dipol, o DAP mantém um cadastro atualizado dos quadros de recursos humanos, materiais e de toda a frota da Polícia Civil, o que possibilita o vislumbramento imediato das necessidades de cada unidade, sanando as defasagens existentes, ao mesmo tempo em que as corrige de forma adequada às necessidades prioritárias da instituição.
Dentro dessa visão, foram adquiridos armamentos, munições, viaturas e outros equipamentos necessários à segurança dos policiais e da população.
Por um bom tempo, os policiais civis de São Paulo portaram revólveres do calibre 38, Puma do calibre 38, Calibre 12 e alguns policiais, o Taurus 357 - armas que ficaram obsoletas com o passar dos tempos. Uma curiosidade: A primeira arma automática adquirida pela Polícia foi a Imbel calibre 45.
Um importante setor do DAP é a Divisão de Prevenção e Apoio Assistencial (DPAA), que tem como atribuição prestar ao policial civil e a seus familiares, serviços médicos, odontológicos, psicológicos e fisioterápicos. Hoje, a Polícia Civil conta com um amplo Ambulatório Médico para consultas e atendimentos.
Em janeiro de 2000, a Polícia Civil de São Paulo inovou em relação a todo o País com a inauguração da Delegacia Eletrônica, acessada pela população através dos sites www.policia-civ.sp.gov.br ewww.ssp.sp.gov.br.
A Delegacia Eletrônica foi idealizada para descongestionar os distritos policiais de todo o Estado, objetivo que vem sendo cumprido nesses sete anos de funcionamento. De pouco mais de vinte mil boletins eletrônicos de ocorrência registrados em 2000, chegou-se a quase duzentos mil em 2006. Um aumento considerável que impulsionou o crescimento do setor: o número de policiais civis da unidade passou de cinco a quarenta e quatro e o de terminais, de cinco a trinta (após a reforma pela qual passou, finalizada em 2007).
A Delegacia atende casos de furtos e perdas de documentos, celulares e placas de veículos, furtos de veículos, desaparecimento e encontro de pessoas, e disponibiliza consultas dos BEOs pelos sistemas Infocrim (Informações Criminais) e RDO (Registro Digital de Ocorrência), o que impossibilita a duplicidade de comunicação de um crime e viabiliza o compartilhamento de informações por toda a Polícia Civil do Estado.

 
Também em 2000 foi criado o Gradi, Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância, com o objetivo de reprimir crimes e ataques contra minorias da população e executar o trabalho preventivo de crimes de intolerância de qualquer espécie, como racial, religioso, sexual, esportivo, dentre outros.
Em 2002, o Detel foi substituído pelo Dipol, um órgão projetado para planejar e apoiar as atividades de telecomunicações, informática e de inteligência da Polícia Civil, ao qual ficou subordinado o Setel, Serviço Técnico de Monitoramento Legal de Telecomunicações.
Entre 2003 e 2005, o Departamento de Inteligência da Polícia Civil desenvolveu dois projetos de inteligência policial: o Ômega e o Phoenix.
Ômega é um sistema que integra diversas bases de dados em um único ambiente, viabilizando o agrupamento de ocorrências e a identificação automática de relacionamento entre pessoas, veículos, armas e endereços. Por meio de alertas e pesquisas realizadas nos bancos de dados do Registro Digital de Ocorrência e da Delegacia Eletrônica ele é usado para aprimorar cada vez mais as investigações policiais.
O Phoenix possibilita a identificação criminal por meio de boletins de identificação digitalizados, além da elaboração de retratos falados. Ele possui banco de dados de vozes e de individuais dactiloscópicas digitalizadas, fazendo com que detalhes como características físicas, incluindo tatuagens, cicatrizes, deformações do corpo, cor da pele, olhos e tipo do rosto da pessoa pesquisada, além do modus operandi de um criminoso possam ser pesquisados.
Ainda em 2002, a Resolução Conjunta nº 1, do dia 21 de março, da Secretaria de Governo e Gestão Estratégica e da Secretaria da Segurança Pública, estabeleceu que fossem concebidas e implantadas as delegacias de polícia participativas no Estado – um programa que visa oferecer à comunidade atendimento gratuito e de boa qualidade, ou seja, de forma padronizada, rápida, transparente e eficiente, sem discriminações ou privilégios, nas áreas social, jurídica e psicológica, além da policial, durante vinte e quatro horas.
A Polícia Civil de Carreira do Estado de São Paulo pode e deve comemorar o seu primeiro Centenário orgulhosamente. Foram cem anos de trabalho duro e abnegado de milhares de policiais civis, que lutaram para conquistar o respeito e a confiança da sociedade. Muita coisa se realizou.
Altos investimentos em armamentos, pessoal e tecnologia foram e estão sendo feitos na Polícia Civil paulista. A filosofia da instituição, de executar um trabalho policial investigativo persistente e meticuloso, abrangendo outras áreas de atuação, como a social, tendo em vista a segurança da população e o seu suficiente e eficiente atendimento nos estabelecimentos policiais, e, ainda, de valorizar a pessoa e o profissional policial civil tem sido posta em prática em todo esse tempo, em que se construiu uma instituição forte e respeitável como a Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Um bom exemplo da parte social do trabalho policial civil pode ser a participação de integrantes da instituição nas campanhas do agasalho, que vêm batendo recordes a cada ano. Em 2005, foram arrecadados mais de um milhão de peças, que foram entregues à população na Academia de Polícia, com a presença da então primeira-dama do Estado, Sra. Maria Lúcia Alckmin. Mesmo sucesso obtido em 2006, quando contamos com o apoio da também primeira-dama, Sra. Renéa Lembo.
Em 3 de janeiro de 2007, a Polícia Civil paulista entrou em uma nova fase. Após oito anos bem-sucedidos à frente da instituição, Marco Antonio Desgualdo entregou o cargo de delegado geral de polícia a Mário Jordão Toledo Leme, que já em seu discurso de posse, se comprometeu a liderar a Polícia com retidão e justiça, elevando-a a níveis cada vez mais altos de eficiência, através do desenvolvimento tecnológico e de sistemas de inteligência policial, bem como da especialização profissional aos policiais civis.
Demonstrando estar integrado aos novos padrões de gestão em segurança pública, que primam pelo atendimento globalizado ao público, oferecendo-lhe além da assistência propriamente policial, também a social, jurídica e psicológica, especialização efetiva dos policiais e combate à criminalidade através de recursos de inteligência, que comprovadamente produzem resultados mais satisfatórios, Mário Jordão tem se engajado em operações policiais pelo Estado e se esmerado em travar conhecimento pessoal de cada departamento da Polícia Civil, com o objetivo de levar à população de São Paulo maior e melhor segurança.

Por Ronaldo Pantera Lopes/Kerma Sousa Matos

Linha do tempo dos Delegados Gerais de Polícia

  Dr Carneiro
Dr. Marcos Carneiro Lima - Desde janeiro de 2011
  Dr Domingos
Dr. Domingos Paulo Neto - março de 2009 a janeiro de 2011
Maurício José Lemos Freire 
Dr. Maurício José Lemos Freire - setembro de 2007 a março de 2009

  Mário Jordão Toledo Leme
Dr. Mário Jordão Toledo Leme - janeiro de 2007 a setembro de 2007
 Marco Antonio Desgualdo
Dr. Marco Antonio Desgualdo - fevereiro de 1999 a janeiro de 2007
Luiz Paulo Braga Braun 
Dr. Luiz Paulo Braga Braun - abril de 1997 a fevereiro de 1999
 Antonio Carlos de Castro Machado
Dr. Antonio Carlos de Castro Machado - janeiro de 1995 a abril de 1997

 Jorge Miguel
Dr. Jorge Miguel - abril a dezembro de 1994
Álvaro Luz Franco Pinto 
Dr. Álvaro Luz Franco Pinto - março de 1991 a abril de 1994
 Amandio Augusto Malheiros Lopes
Dr. Amandio Augusto Malheiros Lopes -setembro de 1986 a março de 1991
Abrahão José Kfoury 
Dr. Abrahão José Kfoury - fevereiro a setembro de 1986
José Oswaldo Pereira Vieira 
Dr. José Oswaldo Pereira Vieira - setembro de 1984 a fevereiro de 1986
 Dr Mauricio G Pereira
Dr. Maurício Henrique Guimarães Pereira - março a novembro de 1983
Celso Telles 
Dr. Celso Telles - março de 1979 a março de 1983
Tácito Pinheiro Machado 
Dr. Tácito Pinheiro Machado - janeiro de 1977 a março de 1979
Joaquim Humberto de Moraes Novaes 
Dr. Joaquim Humberto de Moraes Novaes - março de 1975 a janeiro de 1977
Walter de Moraes Machado Suppo 
Dr. Walter de Moraes Machado Suppo - março de 1971 a março de 1975
 Nemr Jorge
Dr. Nemr Jorge - março de 1970 a março de 1971
Renan Bastos

Dr. Renan Bastos - setembro de 1969 a março de 1970
 José Rene Motta
Dr. José Rene Motta - abril de 1967 a setembro de 1969
Coriolano Nogueira Cobra 
Dr. Coriolano Nogueira Cobra - junho de 1966 a abril de 1967
Pio Buller Souto
Dr. Pio Buller Souto - fevereiro de 1965 a junho de 1966

Andreas Aranha Schmidt

  Dr. Andreas Aranha Schmidt - julho de 1964 a fevereiro de 1965

Francisco Petrarca Ielo

  Dr. Francisco Petrarca Ielo - abril a julho de 1964  

Guilherme Pires de Carvalho e Albuquerque


Dr. Guilherme Pires de Carvalho e Albuquerque - maio de 1963 a abril de 1964
Gilberto Silva de Andrade

Dr. Gilberto Silva de Andrade - fevereiro a maio de 1963

Lúcio Vieira

  Dr. Lúcio Vieira - janeiro a fevereiro de 1963

Benedito de Carvalho Veras

  Dr. Benedito de Carvalho Veras - fevereiro de 1959 a janeiro de 1963

Nicolau Ulria Mario Centola

Dr. Nicolau Ulria Mario Centola - novembro de 1958 a janeiro de 1959
  Dr. Carlos Eugênio Bittencourt da Fonseca - fevereiro a julho de 1956
Coriolano Nogueira Cobra
Dr. Coriolano Nogueira Cobra - julho de 1956 a julho de 1958






sábado, 9 de junho de 2012

Cantina da Figueira de bofete-sp apoia o jornal ação policial



Cantina da Figueira
Caminho das Três Pedras - Bofete
Cel: (14) 9612-0150 

Ponto Turístico: Caminho das Três Pedras 


Comida Caipira - Sucos Naturais - Queijos - Doce de Leite - Salgados 





Comida Caipira
Delicioso Churrasco

Salgados
Queijos

Sucos Naturais


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Cantina da Figueira
Caminho das Três Pedras - Bofete
Cel: (14) 9612-0150 








ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

CORUMBATAÍ, BOTUCATU, TEJUPÁ

  Através do Decreto Estadual nº 20.960 de 8 de junho de 1983, o então governador André Franco Montoro, criou a primeira Área de Proteção Ambiental do Estado de São Paulo, a grande APA, composta por três perímetros, o Corumbataí, o Botucatu e o Tejupá, com uma área total de 649.828 ha.

APAs do Estado de São Paulo:
4a APA perímetro Corumbataí - 4b APA perímetro Botucatu - 4c APA perímetro Tejupá.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental

A APA Corumbataí, Botucatu, Tejupá está localizada no centro oeste do estado de São Paulo e foi criada para proteger os atributos ambientais e paisagísticos como as Cuestas Basálticas, as áreas de recarga do Aquífero Guarani, os morros testemunhos, a vegetação de transição de Cerrado e de Mata Atlântica, a fauna riquíssima e o patrimônio cultural.

O Perímetro Corumbataí possui uma área de 272.692 ha contendo parte do território de 15 municípios: Analândia, Barra Bonita, Brotas  Charqueada, Corumbataí, Dois Córregos, Ipeúna, Itirapira, Mineiros do Tietê, Rio Claro, Santa Maria da Serra, São Carlos, São Manuel (Ilha do Serrito), São Pedro e Torrinha. Pertence à Unidade de Gerenciamento dos Recursos Hidrográficos (UGRHI): 9 (Mogi Guaçu); 13 (Tietê-Jacaré) e 5 (Piracicaba-Capivari-Jundiaí). 
A área abrangida pelo Perímetro Corumbataí apresenta uma diversidade de paisagens relacionadas às Cuestas Basálticas e aos morros testemunhos, morros isolados que a erosão esculpiu, formando o cenário peculiar.
A região é um centro do ecoturismo, conhecido pela beleza cênica da paisagem, que apresenta inúmeras cachoeiras resultantes dos desníveis abruptos do relevo, principalmente nos municípios de Brotas e São Pedro destacando-se as atividades realizadas no Rio Jacaré-Pepira.

O Perímetro Botucatu possui uma área de 218.306 ha, contendo parte dos territórios de 9 municípios: Angatuba, Avaré, Bofete, Botucatu, Guareí, Itatinga, São Manuel, Pardinho e Torre de Pedra. Pertence à UGRHI 10 (Sorocaba Médio Tietê) e 14 (Alto Paranapanema). Este perímetro envolve a região da Serra de Botucatu, no reverso da Custa e ao sul, faz divisa com a represa de Jurumirim, marco na paisagem local e elemento indutor do turismo na região. Ainda são encontrados importantes remanescentes da vegetação nativa da Mata Atlântica e Cerrado, hoje refúgios da fauna local.

O Perímetro Tejupá possui uma área de158.830 ha, contendo parte dos territórios de 10 municípios: Barão de Antonina, Coronel Macedo, Fartura, Itaporanga, Pirajú, Sarutaiá, Taquaí, Taquarituba, Tejupá e Timburí. Pertence à UGRHI 14 (Alato Paranapanema). Este perímetro está localizado na região da Serra da Fartura, na faixa das Cuestas Basálticas entre a Depressão Periférica e o Planalto Paulista. É envolvido pelos rios Verde, Taquari e com maior presença o Paranapanema e suas duas represas, a Jurumirim e a Xavante, em sua porção paulista. Estes elementos juntos, formam um conjunto cênico expressivo com potencial turístico de grande importância para a região.
O três perímetros estão em franco processo de regulamentação sendo que o perímetro Botucatu possui um Conselho Gestor desde 2005 e está promovendo a elaboração do Plano de Manejo.


APA - Perímetro Botucatu


Fonte: Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental

O Perímetro Botucatu abrange parte do território dos Municípios de Angatuba (26%) Avaré (12%), Bofete (71%), Botucatu (26%), Guareí (26%), Itatinga (66%), Pardinho (68%), São Manuel (4%) e Torre de Pedra (14%) ocupando uma área total de 218.306 ha.
O objetivo da criação desta categoria de Unidade de Conservação é conciliar Proteção e Desenvolvimento, assim sendo, a APA Botucatu é destinada a proteger as Cuestas Basálticas e os Morros Testemunhos, as áreas de recarga do Aqüífero Guarani e as águas superficiais, a vegetação natural, onde encontram-se importantes remanescentes da Mata Atlântica e do Cerrado, que abrigam riquíssima fauna. 

Além do grande patrimônio natural, destaca-se ainda um dos mais importantes sítios arqueológicos do Estado de São Paulo, o Abrigo Sarandi, situado no município de Guareí com registros pré-históricos com cerca de seis mil anos.
           
Abrigo Sarandi entrada caverna    
   Interior caverna

                         
As atividades econômicas predominantes da APA Perímetro Botucatu são:
* Agricultura (cana de açúcar, laranja e pastagens)
* Reflorestamentos e outras culturas, tanto as perenes quanto as anuais
* Mineração de areia industrial
* Pólo comercial e tecnológico regional

        Os fatores de perturbação existentes da APA Perímetro Botucatu são:
* Resíduos sólidos
* Mineração
* Esgotamento sanitário (urbano e industrial)
* Agricultura (uso de agrotóxicos, erosão, assoreamento)
* Expansão urbana
* Desmatamento
 
Durante o processo de regulamentação da APA Perímetro Botucatu será constituído a cada 2 anos, o Conselho Gestor, composto por no máximo 24 e no mínimo 12 conselheiros que devem participar da elaboração do Plano de Manejo.
 
O Conselho Gestor é presidido pelo Estado e constituído 50% por representantes de Órgãos Públicos e 50% por representantes da Sociedade Civil e este conselho vai estabelecer algumas normas e restrições de uso dos recursos naturais.

As principais atribuições do Conselho Gestor são:
* Acompanhar a elaboração, implementação e revisão do Plano de Manejo
* Articular os órgão públicos, ONGs e iniciativa privada para a concretização dos planos, programas e ações de proteção, recuperação e melhoria dos recursos ambientais existentes nas APAs.

O Plano de Manejo é um documento técnico, elaborado para definir:
* O Zoneamento Ambiental
* As normas e diretrizes do uso e ocupação dos solos
* Os programas de ação visando a proteção dos atributos ambientais e o desenvolvimento das atividades produtivas


Atributos da APA Botucatu


A Cuesta
A forma de relevo denominada Cuesta de Botucatu é um dos atributos naturais mais marcantes da região e é resultado do trabalho contínuo da erosão sobre o solo, formando plataformas rochosas que aparecem em destaque nos vales suaves ao seu redor. A Cuesta de Botucatu marca o início do Planalto Ocidental Paulista e é o limite físico entre o leste e o oeste paulista. Na baixada da Cuesta de Botucatu, o solo é formado basicamente por arenito e este, quando rico em sílica é resistente à erosão, elevando-se na paisagem sob a forma de morros, denominados morros testemunhos.
Cuesta Pardinho
Cuesta Guareí
Vista do alto da Cuesta - Morro do Peru (2003)  - Botucatu
Morros Testemunhos - Três Pedras Bofete
  Ao fundo Gigante Adormecido  Bofete

Os  morros conhecidos como Três Pedras formam o pé do Gigante
Morro Testemunho Torre de Pedra que dá nome ao município
Sem dúvida nenhuma, o relevo é o atributo mais característico da APA.
Angatuba possui como beleza cênica a Cuesta do Alto da Serra e o Morro da Conquista.
Avaré possui o Pico Alto;
Bofete possui o Gigante adormecido e as Três Pedras;
Botucatu possui o Morro do Peru, o Mirante da Cuesta, a Bocaina e o Morro de Rubião;
Guareí possui o Cannion na divisa com Itatinga e as cavernas do Abrigo Sarandi;
Itatinga cita a Pedra Branca que dá nome ao Município na língua indígena, o Mirante da Serra perto da vicinal de Angatuba, a região da fazenda Ibitira e Santa Maria;
Pardinho possui a Gruta do Willian, o Morro Azul, e o Mirante da Cuesta conhecido como a "Venda do Vivam";
São Manuel possui a Pavuna e o Cannion;
Torre de Pedra, claro, possui a Torre de Pedra, o Morro Agudo, o Morro Pelado e o Morro do Italiano.

As Áreas de Recarga do

Aquífero Guarani

Outro atributo a ser protegido pela APA Botucatu são as áreas de recarga do Aquífero Guarani e as águas superficiais. Antigamente, o Aquífero Guarani era conhecido pelo nome de Botucatu, pelo fato de que a principal camada de rocha que o compõe ser um arenito de origem eólica, reconhecido e descrito pela primeira vez no município de Botucatu.
A região onde o arenito Botucatu aflora constitui os locais de recarga do aqüífero. A Cuesta também é um importante divisor de águas com várias nascentes que correm tanto para o rio Tietê quanto para o rio Paranapanema. Estas nascentes, riachos e rios, associados a escarpa da Cuesta, são responsáveis pelo grande número de cachoeiras da região.

Cachoeira da Indiana - Botucatu


Áreas de recarga do Aqüífero Guarani

Represa do Rio Bonito - Botucatu

  O antigo Porto Martins, foi  encoberto  pelo  represamento  do  Rio Tietê e em seu lugar surgiu a represa do Rio Bonito distante 35 km de Botucatu, que faz parte da bacia hidrográfica da hidrovia Tietê - Paraná.
Os recursos hídricos são importantes atributos da APA Botucatu, como potenciais turísticos e de abastecimento .  
Angatuba possui as  Cachoeiras dos Mineiros, das Antas e do Corrente.
Avaré possui a Represa de Jurumirim, as Cachoeiras Bela Vista, Liberdade, do Pardal, o córrego das Rochas, Corredeiras do Rio Novo e o Santuário das Garças;
Bofete possui o Rio do Peixe e a Cachoeira Santo Inácio onde a água  muda de temperatura.
Botucatu possui o Rio Capivara, a Cachoeira da Marta, da Canela, da Indiana, o Rio Pardo, as nascentes e rios urbanos;
Guareí possui as fontes de água mineral e sulfurosa nos bairros Capela Velha, Cerrados e Sarandi, as Cachoeiras no Morro Alegra e Somar;
Itatinga possui uma Cachoeira de 62 metros na divisa com Avaré situada na Fazenda Fortaleza.
Pardinho possui a nascente do Rio Pardo, a cachoeira Salto do Lopes onde há uma grande piscina natural;
São Manuel cita como importantes mananciais o Araquá, Barras e Paraíso, a Ilha do Serrito e as cachoeiras da Pavuna;
Torre de Pedra possui a Cachoeira do Almeida e as águas sulfurosas na Fazenda São Jorge.

A Flora Nativa

Para conter a degradação dos recursos naturais e a destruição do patrimônio arquitetônico e paisagístico decorrentes da expansão das atividades rurais e urbanas,  a APA Botucatu se destina a proteger a vegetação nativa, principalmente os remanescentes de Mata Atlântica e do Cerrado.
A vegetação regional é bastante diferenciada e rica podendo ser observados fragmentos conservados da vegetação primitiva da Floresta Tropical de distribuição restrita às áreas úmidas, como as matas ciliares, com solos geralmente férteis. Encontram-se espécies como a Figueira, Ingá, Sangra d'água, Helicônias e Orquídeas. Destaque para a ocorrência de Araucárias na nascente do Rio Pardo.

Cerrado - Pau Santo da Serra


Ipê Rosa exemplar da floresta Latifoliada Semidecídua

A Floresta Latifoliada Semidecídua é a  maior formação florestal encontrada na região, na presença de solos secos com fertilidade ou  não. Encontram-se  Jacarandás, Jequitibá,   Paineiras, Ipês, Pau Marfim...

Nos solos secos e pobres o cerrado predomina em suas formas: Cerradão, Campo Cerrado, com Quaresmeiras, Barbatimão, Pequi, Canelas, Barba de Bode.

 Pequi - Botucatu

Murici - Botucatu


Na APA Botucatu existem algumas áreas de mata nativa como a mata da Fazenda Edgárdia emBotucatu, a mata preservada da Fazenda Aterradinho em Angatuba, o Cerrado de Bofete; remanescentes de mata atlântica no Araquá e Serrito em São Manuel; e Torre de Pedra cita um enorme Jatobá com mais de 30m e descrevem uma "papada" de mais de 20 metros.

Mata Nativa da Fazenda Edgárdia - Botucatu


A Fauna Silvestre

Os municípios da APA Botucatu estão localizados numa região com características  de zona de transição ou de invasão de espécies das regiões vizinhas, como a de cerrado, pampa e mata pluvial perenifólia da costa atlântica, o que enriquece a composição da fauna silvestre.
É comum encontrar animais como a capivara, cachorro do mato, paca, teiú, gambá, mão pelada, etc. Para peixes encontra-se o lambari, bagre, traíra, tabarana, canivete, etcEncontra-se uma grande quantidade de aves como o Tucano, Pica pau, Garça, Socó, Jacu etc. Outras espécies tornaram-se raras na região como a Onça parda, Onça pintada, Tamanduá bandeira, Lobo guará, ariranha e muitos outros que também estão na lista de ameaça de extinção.
Por essa diversidade, a região da APA Botucatu merece especial atenção quanto à sua preservação, principalmente das matas ciliares e fragmentos contíguos de vegetação nativa, pois a fauna depende desse conjunto ambiental, de forma o mais equilibrado possível, para a sua sobrevivência.

Garça - Botucatu
                                                
 A fauna silvestre desperta especial interesse na população residente da APA que conta histórias  e cita locais onde algumas espécies são encontradas. 
Angatuba cita a Estação Ecológica e a Fazenda Florestal com áreas ricas em diversas espécies, inclusive o mico leão preto.
Avaré cita o Pico Alto como sendo refúgio do Macaco Bugio e o Santuário das Garças como um importante ninhal.
Bofete relata a diminuição do número de Emas que eram comuns no município.
Botucatu cita a Onça-parda que habita a Fazenda Edgárdia e muitas outras espécies.
Guareí cita o Balneário Municipal, conhecido como Prainha onde existe um ninhal.
Itatinga relata que na Fazenda Pedra Branca, na divisa com Pardinho, existem tocas de Onça parda e na Fazenda Morrinho, recentemente foi constatado a presença de fêmea de Lobo guará com dois filhotes.
Pardinho relata a presença de Canários da terra.
São Manuel cita o rio Araquá e o Serrito como sendo criadouro de peixes e a Ilha do Serrito como refúgio de vida silvestre por ser um enorme ninhal.

O Patrimônio Cultural

O patrimônio cultural é o retrato de uma  comunidade e do local onde ela reside.
Todos os bens materiais e sentimentais dessa comunidade considerados importantes por razões históricas, arquitetônicas, artísticas, tecnológicas, afetivas e articuladoras da memória local ou nacional, além de sítios e paisagens da natureza considerados excepcionais por suas qualidades naturais.
Assim sendo, a Cuesta, os recursos hídricos, a flora, a fauna, os casarões das fazendas, as igrejas, as festas religiosas, manifestações, os sítios arqueológicos, são atributos que devem ser resgatados e protegidos.
A APA Botucatu possui muitas histórias, lendas, e curiosidades. Os atributos turísticos, as belezas e o  patrimônio cultural da região são motivos de orgulho para a população residente.
Angatuba possui um Sítio Arqueológico com muitos fósseis no Bairro Guareí Velho; a Fazenda Cavalinho, antiga casa que pertenceu ao Presidente Júlio Prestes e hoje pertence à família proprietária da Cachaça Cavalinho; a Fazenda Aterradinho, um presente de Dom Pedro I a uma dama. A casa tem mais de 20 quartos e a fazenda apresenta a mata nativa e a fauna preservadas.
Avaré cita suas águas superficiais como seu maior patrimônio  e descreve duas grandes nascentes na divisa com Itatinga.
Bofete, além de ter o Gigante possui também o Rio do Peixe considerado um aspecto cultural e histórico de vivência da comunidade.
Botucatu relata sítios arqueológicos na margem esquerda do Rio Tietê e ao norte do Paranapanema, onde vivia um grupo étnico chamado Caingangue. A região também foi habitada pelos Caiuás-Guaranis. Possui histórias e lendas das Três Pedras, local popularmente conhecido  entre os municípios de Bofete, Pardinho e Botucatu onde grupos de esotéricos e visitantes curiosos garantem que há fenômenos inexplicáveis como a visão de bolas de fogo e pouso de discos voadores. As teorias de Frei Fidelis, um frade Capuchinho historiador, relatam que na região, há milênios, se realizavam sacrifícios em louvor do demônio no "Templo da Serpente entre as Pedras". Há também a história dos Jesuítas, fugindo da perseguição do Marquês de Pombal, e que foram atacados pelos índios Botocudos quando  enterravam um valioso tesouro em uma gruta nas Três Pedras.
Guareí possui o Abrigo Sarandi, sítio Arqueológico com registros de fósseis e utensílios de até 6 mil anos.

Pardinho  relata  a Fazenda Vicentini como sendo pousada do Divino, a gruta Olaria com pinturas rupestres, a cachoeira do Limoeiro onde existe uma gruta com fósseis.

São Manuel relata os tempos do auge do café, identificado na grandeza das fazendas como a Santo Antonio do Araquá, Santana, Cafezal, Bocaiúva entre outras.

Outros atributos interessantes foram citados pela comunidade, alguns atributos relacionados com a qualidade de vida e ao lazer. Pequenas lembranças ou observações sutis que estão presente no cotidiano destas pessoas.

Angatuba relata a beleza do Por do Sol no entroncamento dos rios Jacu e Santo Inácio e as águas calmas do lago da Fazenda Aterradinho.

Avaré relata as aventuras de descer as corredeiras do rio Novo na prática do Rafting. 

Bofete relata os banhos da cachoeira Santo Inácio com trechos alternados de água quente e água fria.

Botucatu fala da qualidade do ar, da cor do céu em especial no mês de maio, do arenito Botucatu e da criação de Sacis.

Guareí conta que existe areia movediça no bairro Sarandi.

Pardinho relata que as cercas de Sansão do Campo impedem o visual panorâmico que a comunidade tinha do alto da Cuesta ao transitar pelas estradas.

Para que as futuras gerações possam aproveitar desses momentos  de deleite, a APA Botucatu pretende proteger  e desenvolver a região, visando a qualidade de vida da população residente.